domingo, 20 de maio de 2012

Rosas de Sangue

Em Nalva Melo Café Salão, gravidíssima, interpretando "Rosas de Sangue" um dos contos do livro "Pequenas Histórias do Delírio Peculiar Humano" de Antonio Nahud Junior. Maquiagem de Nalva Melo. Direção de Henrique Fontes. 17/05/12.
















A Última Gota de Absinto

Com Cláudia Magalhães. Baseado no conto "A Dama da Noite" de Caio Fernando de Abreu.
Direção Geral de Junior Dalberto. Direção Musical de Eduardo Taufic.
Músicos: Eduardo Taufic (Piano), Darlan Marley (Bateria) e Airton Guimarães (Baixo Acústico)
Produção: IDEARTE Produções.




IMPRENSA:

TRIBUNA DO NORTE

Fim de Semana

Natal, 20 de Maio de 2012 | Atualizado às 18:46

Um mergulho no mundo boêmio

Publicação: 09 de Março de 2012 às 00:00

Tádzio França -repórter

Noites vadias, nada de trabalho, altos teores alcoólicos, gandaia forte sem pensar no amanhã. Estes costumavam ser os itens básicos no currículo de um boêmio de carteirinha assinada até algumas décadas atrás. Mas os tempos mudaram. A vida nas cidades passou a exigir mais atenção, mais cuidados, mais patrulhamento. E o boêmio, tal qual aquele das músicas de Nelson Gonçalves, virou uma figura distante, quase mítica. Mas as pessoas continuam se divertindo - mesmo que com hora pra acabar. Alguns lugares e ocasiões ainda contam com o clima de outrora, em ambientes despojados, enfumaçados, de gente com a língua solta, por onde circulam boas ideias, pessoas interessantes e também boa música. O novo século procura o regresso de sua boemia nostálgica.
Rodrigo SenaDepois de fazer Dolores e O Beco da Alma, ambos com sucesso de público, a dramaturga e atriz Cláudia Magalhões (em fotos produzidas para a TN) mergulha em um monólogo, adaptação do conto A dama da noite, de Caio Fernando Abreu. O diretor é Júnior Dalberto.Depois de fazer Dolores e O Beco da Alma, ambos com sucesso de público, a dramaturga e atriz Cláudia Magalhões (em fotos produzidas para a TN) mergulha em um monólogo, adaptação do conto A dama da noite, de Caio Fernando Abreu. O diretor é Júnior Dalberto.

GOLES DE VIDA

A atriz Cláudia Magalhães está pronta para viver uma mulher que é boêmia até o último gole. Ela faz do palco um bar no espetáculo "A última gota de absinto", que estreia neste sábado, às 20h30, no Teatro Alberto Maranhão. O monólogo é uma adaptação do conto "A dama da noite", de Caio Fernando Abreu, com direção de Júnior Dalberto, e trilha sonora sendo tocada ao vivo por Eduardo Taufic (piano), Darlan Marley (bateria) e Airton Guimarães (baixo acústico). Toda a ação se passa numa noite, em um bar. Mais boêmio, impossível.

 "A boemia é uma saída para a minha personagem, a única  opção. Ela se entregou a esse tipo de vida", conta Cláudia sobre a cantora solitária que ela interpreta na peça. Solidão é a palavra-chave da trama. Ao seu lado também vem questões sobre sexo e morte. "A cantora busca o amor perfeito, algo que não exite, e daí vêm as suas desilusões", analisa.  O diretor Júnior Dalberto acrescenta que nem tudo é baixo-astral e sombras. "A personagem tem humor com picarda, com bastante ironia, ao estilo inglês", completa. A cantora que apenas alguém que a ouça - nem que seja preciso pagar por isso. "A coisa mais difícil do mundo hoje em dia é ter alguém que te escute. A cantora é uma pessoa desse tempo", diz.

As canções funcionam como uma marcação para os momentos da personagem. Cláudia Magalhães canta composições próprias, e outras músicas que marcaram os anos 80 - já que o texto de Caio Fernando Abreu é desta época. Todas as canções estão dentro do contexto, como em "Todo amor que houver nesta vida", de Cazuza. O nome do espetáculo, aliás, veio de um blues composto entre Cláudia, Dalberto e Taufic.   

A vida nos bares, entre garrafas, canções e decepções, formam um roteiro de coincidência temática na obra de Cláudia Magalhães. A atriz já escreveu o espetáculo "Beco do Alma", e viveu a cantora Dolores Duran, no musical "Dolores". Ambas as peças têm estreita relação com a boemia. Apesar disso, ela garante que não sai tanto na noite quanto as suas personagens sugerem. "Pra falar a verdade, prefiro ficar em casa vendo TV com meu filho. Sou bem caseira, desculpem", brinca.  Como a maior parte dos boêmios modernos, ela prefere guardar dia e hora na agenda para curtir a noite. "Marco um dia para sair com os amigos e farreamos à vontade. Mas sempre lembrando que o filho tá em casa...", diz.

SAIBA MAIS

A Última Gota de Absinto. Sábado, às 20h30, no Teatro Alberto Maranhão. Entrada: R$30 (inteira) e R$15 (estudante). Assinantes da TRIBUNA DO NORTE têm 50% de desconto em dois ingressos inteiros. É preciso apresentar a carteira do Clube do Assinante
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O JOGO DE CINTURA DOS NOVOS "MALANDROS"

A malandragem pode ter dado um tempo na boemia atual, mas quem tem jogo de cintura ainda sabe como se divertir nos politicamente corretos dias de hoje. O músico e publicitário Paulo Souto usa a boemia como assunto em boa parte da música que faz na banda DuSouto. "Cigarro, comida, bebida, mulher? Sabe como é...", diz em uma das canções mais conhecidas  do grupo. A inspiração para essas e outras provavelmente surgiu em algum dos barzinhos que a turma frequenta.

"O Bar do Pedrinho, no centro da cidade, perto da prefeitura, é um dos meus lugares favoritos. Sempre aparece muita gente interessante, é uma comédia", diz Paulo. Para ele, não é só birita. "Você encontra de intelectuais a pinguços. As mesas são muito próximas, e você acaba ouvindo as conversas dos outros. Muita história boa...", brinca. As qualidades gastronômicas do boteco também são elevadas. Ele destaca o baião-de-dois de arraia e o de "ômega 3", ou seja, sardinha. Um sucesso, junto com a cerveja geladíssima.

Paulo, que é um boêmio com alguns anos de estrada, confirma que os tempos mudaram. "Vejo que o pessoal está indo mais cedo aos lugares, ou preferindo beber perto de casa. Não dá mais pra encher a cara e voltar de carro. Algumas pessoas não gostam, mas é uma conscientização necessário", diz.

O produtor cultural Augusto Lula acha que a boemia autêntica é espontânea. "Você está num bar, e de repente chega alguém com um violão e dá um show. Sem roteiro, sem calendário, é questão de liberdade. Natal cresceu muito, e está difícil achar lugares assim", analisa. Ele aprecia o bar Maria Bonita, em Petrópolis (Rua Seridó), que tem petiscos regionais e uma clientela amigável. Para ele, a fórmula é: cerveja gelada, tira-gosto decente, e amigos. "E o resto vai aparecendo, os músicos, poetas, cinéfilos, contadores de história...bar tem disso", completa.

O cantor mossoroense Tertuliano Aires, mais conhecido como Cabrito, é um cronista escrachado da noite natalense. Gosta da boemia, mas sabe que os ares hoje são outros. "Agora nós temos os boêmios de notebook. É a rapaziada que grava e põe tudo na internet, no pendrive, marca no Facebook...é a nova geração", diz. É a turma que ele vê em lugares como os sambas dos bares de Pedrinho e Zé Reiera, na primeira sexta do mês, e no Bar de Nazaré, às quintas-feiras. Para Cabrito, a boemia nostálgica ainda vive no Bar do Coelho, Cidade Alta. "Os sábados à tarde são perfeitos para quem gosta de serestas. A clientela é na maioria de veteranos, e o clima é bastante diferente", diz.

Marcelo Veni, produtor cultural, acredita na nova geração de boêmios que o Beco da Lama tem formado. "Os eventos que trazem rap, reggae e samba rejuvenesceram o Beco. São outros papos, outros visuais, mas todo mundo se mistura", explica. E por lidar com um público jovem, Veni já viu todos os dissabores dele. "As pessoas se programam mais para sair, escolhe uma noitada. A questão da violência fez com que elas passassem a se preocupar com isso. E quando se excede na bebida, o jeito é pegar uma carona  ou esperar o ônibus passar", diverte-se.

Para o radialista Eduardo Pandolphi, o clima boêmio vive na nova geração que abraçou o samba. "A Quinta Viva no Bar da Nazaré é incrível. Ver gente de 20 anos cantando sambas quase centenários é demais. A mistura de público também é grande, e isso é ótimo", diz. Ele também indica os bares Terraço e Lamparina, ambos em Capim Macio. Pandolphi é adepto de uma boemia com limites. "Ser boêmio é caro. E é preciso trabalhar e acordar cedo para pagar as contas", analisa. Ter pé no chão e saber curtir: eis o dilema do boêmio do século XXI.

Link:
http://tribunadonorte.com.br/noticia/um-mergulho-no-mundo-boemio/214344

Musical "Dolores"

Vivendo Dolores Duran no Musical "Dolores".
Roteiro: Cláudia Magalhães. Direção: Diana Fontes.






"DOLORES" NA REVISTA BRAVO!


NA SELEÇÃO DOS MELHORES ESPETÁCULOS DA REVISTA!






O Outro Lado da Lua

  1. Vivendo Lilith na peça "O Outro Lado da Lua". Texto de Cláudia Magalhães, Música de Rosa de Pedra e Direção de João Junior.






Terra de Sant'ana

Vivendo a Sant'Ana no Auto Terra de Sant'Ana.
Texto: Cláudia Magalhães. Música: Danilo Guanais. Direção: Diana Fontes.

Um Presente De Natal

Vivendo "Maria" no auto "Um Presente De Natal - 2005", onde também assino a dramaturgia.
Texto: Cláudia Magalhães. Música: Danilo Guanais. Direção: Diana Fontes.






Musical "Bye, bye, Natal!"

Vivendo Maria boa no musical "Bye, bye, Natal" de Racine Santos e Danilo Guanais. Direção de Eliezer Rolim. No Teatro Alberto Maranhão.